yesterday

ê yesterday. fiz um desses testes bestas do facebook e deu que essa música é a que mais me define. não discordo, mas sei lá. ela é triste, né? hoje eu não tive meu encontro triunfal e cotidiano com a merda que sempre tava ali, entre o ponto de ônibus e a portaria do cursinho.

Quem também tava lá era o cara, o menino que tá na cidade grande, em paz, numa turbulência que encontra o belo nesse meio cinza e corrido, no mistério do perigo. tá lá, fazendo o que surge, inspirado, tão inspirado. produzindo açúcar doce pro café, ondas que deslizam dos dedos pros ouvidos tão naturalmente quanto as do mar, que vêm e vão. coisa linda, coisa louca. aqui eu vivo, num passado. melhor assim

só sei que cada dia que se passava mais eu passava olhando pra aquela merda no chão, que a cada dia mais se misturava com a a areia, que a cada dia ficava menos fresca, que a cada dia ficava mais seca e esbranquecia. eu imagino em planos. passavam os dias e os planos sequencia eram mais longos e mais longos. merda interessante essa, né? tão interessante que deve ter sido chutada por alguém desatento e que depois se deu conta quando sentiu um odor estranho o perseguindo.

[1 +(a fresta do quarto escuro está muito estreita.)]

Deixe um comentário