Onde vivem os Monstros (Spike Jonze)

Aqui estou desabafar um pouquinho do meu amor pelo  filme que mais me encantou nos últimos tempos. Where the Wild Things Are é pra mim, sem dúvida, um dos 5 melhores filmes de 2009. E digo isso coberta de certeza. Mesmo depois de ver Bastardos Inglórios (Tarantino), Um Homem Sério (Irmãos Coen), Whatever Works (Woody Allen) e outros, esse longa aqui ganhou um espaço especial no meu coração – gay.

Baseado num antigo livro infantil, o filme conta a história de um garoto (Max) bastante solitário que, ao ter um atrito bobo com sua mãe, faz uma daquelas birras que todo mundo já fez na infância e sai correndo pelo bairro até parar num terreno repleto de árvores, onde começa a se acalmar e faz uma grande viagem para uma ilha repleta de monstros bem peculiares. É interessante como é bem retratado a incessante necessidade da não solidão, o desejo por atenção, pela figura do pai, de um amigo, ou de ambos num mesmo ser. Percebendo o que incomoda Max é bem mais fácil compreender o que acontece na ilha e os seus próprios habitantes.

Não vou ficar aqui falando da minha interpretação de cada monstro da ilha porque não adianta fazer um apontamento exato. Ta tudo ali pra gente relativizar(???) haha. Digo, os conflitos e cada um dos personagens podem significar uma coisa diferente pra cada um que assistir, por isso ASSISTAM. O que a gente pode falar com maior certeza é que o diretor Spike Jonze foi realmente genial. O filme é tão sensível que me deixou emocionada durante cada segundo em que o vi. Cada segundo mesmo.

Talvez isso tenha acontecido porque eu me identifiquei demais com o Max. Acredite, eu me identifiquei mais com ele do que todos vocês se identificaram com o Tom de 500 dias com ela. Outra coisa que colabora demais pra essa obra-prima ser o propriamente dito é sua trilha sonora. Estou ouvindo-a sem parar desde que vi esse filme aqui, ou seja, já fazem pelo menos umas 2 semanas (a Giovanna ta até de prova, rss). Essa trilha da Karen O do yyys é extremamente calma e agitada, sei lá, dá umas intercaladas bem bruscas  que lembram aquele climão de infância sabe? Aqueles sentimentos que apareciam e sumiam do nada e que você esquecia quando sua mãe te dava sua sobremesa favorita. As partes que eu mais gosto são quando o Max grita. Toda criança adora gritar bem alto, mostrar que está ali, gritar pra todo mundo que é o rei dos monstros, que agora tem com quem brincar, com quem conversar, com quem brigar, que tem, enfim, alguém que conquistou por si próprio.

E o Max Records é a coisa mais linda que apareceu na telona de 2009 heim gente, falae s2